DE SÃO PAULO
Em fins de dezembro do ano ado, durante seu discurso de fim de ano à Cúria Romana, o papa Bento 16 reforçou a já dura visão da Igreja Católica contra os casamentos que não sejam entre um homem e uma mulher.
Ele não citou a palavra homossexual e nem fez julgamento direto sobre a homossexualidade, mas atacou claramente a legalização do casamento gay e a adoção por esses casais na França, Estados Unidos e em outros países.
Diante do assunto, o do Leitor perguntou: A Igreja Católica deveria participar do debate sobre união gay?
Para 56% dos leitores (6.897 votos), cabe ao papa e à igreja fortalecer a família cristã, que deve ser composta por um pai, uma mãe e filhos.
Já 44% (5.516 votos) dos leitores acham que a Igreja Católica não deve tomar parte na discussão sobre a formação da família cristã. Para eles, cabe ao Estado a decisão de legalizar o casamento gay e de permitir a adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo.
Durante cinco dias, de segunda-feira (14) a sexta-feira (18), 12.413 leitores participaram da enquete.
No domingo (13), dezenas de milhares de pessoas realizaram um protesto em Paris contra o projeto do presidente François Hollande legalizar o casamento homossexual.
Foram apoiados pela Igreja Católica e pela oposição de direita. Os organizadores pretendem manter a pressão, já que o Parlamento francês vai examinar, a partir de 29 de janeiro, o projeto de lei sobre a abertura do casamento e da adoção aos casais homossexuais. Apesar do protesto, pesquisa recente mostrou que a maioria dos ses, 56%, é favorável ao casamento gay e 50% são a favor da liberação da adoção para os homossexuais.
Outra pesquisa, desta vez na Grã-Bretanha, mostrou que 62% dos eleitores apoiam a proposta David Cameron de introduzir o casamento gay. Apenas 31% dos britânicos ouvidos em dezembro se opõem.
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