Os três suspeitos foram presos e apresentados nesta
segunda-feira (27).
Crime ocorreu quando família voltava de festa, em
Aparecida de Goiânia.
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Um jovem paraplégico de 19 anos foi agredido durante o roubo do carro onde ele estava com os pais e a irmã, de 16 anos. O crime aconteceu no Setor Parque Real, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Os três suspeitos presos foram apresentados nesta segunda-feira (27) na Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (Derfrva).
O roubo e a agressão ocorreram na quinta-feira (23), quando a família voltava da festa de aniversário da adolescente. Segundo a polícia, eles foram surpreendidos pelos ladrões, que estavam em outro carro. Dois deles, armados, desceram do veículo e renderam as quatro pessoas, pedindo que elas saíssem.
O pai do jovem, que não quis se identificar, conta que tentou explicar que filho precisava de ajuda, mas não foi ouvido.
“Mostrei o adesivo e falei: ‘meu filho é paraplégico, tem que pegar ele, não tem como ele descer’. Eles só falavam para a gente descer. Falei que ele poderia abrir a tampa da caminhonete para ver que a cadeira de rodas estava lá”, lembra.
Os apelos não comoveram os suspeitos. Um deles apontou a arma para o rapaz e o tirou a força do automóvel. Ele recorda os momentos de terror. “Me mandaram sair do carro. Nem vi o jeito que sai lá de dentro. Me puxaram e eu já estava era no chão”, diz.
Após o roubo, os criminosos fugiram nos dois carros. Por acaso, no dia seguinte ao crime, policiais desconfiaram da atitude dos suspeitos, que estavam com a caminhonete no Setor Bela Vista, em Goiânia. Foi quando eles foram presos.
“A partir daí, os policiais ficaram monitorado aquele veículo. Quando eles [suspeitos] saíram de perto, acionaram o restante da equipe e lá permaneceram. Até que no outro dia de manhã, constataram que o veículo era roubado. Fizeram uma campana e deram voz de prisão para esses elementos. Na fuga, eles jogaram o veículo para cima dos policiais, que atiraram para poder para-lo”, detalha o delegado titular da Derfrva, Edson Carneiro.
Na troca de tiros, três disparos acertaram o carro em que os assaltantes estavam. Um deles feriu o suspeito que teria agido com violência contra o cadeirante.
O rapaz ficou paralítico há menos de um ano e meio, depois de ser atingido por um carro quando ia para o trabalho de moto. Ele considera que renasceu ao escapar do assalto. “É outra superação”, destaca.
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