Irmã afirma que não concordou com a ida da vítima para o litoral.
Corpo da aposentada está sendo velado em capela de Campo Grande.
Do G1 MS
Irmã Elizia e tia Antônia durante velório da aposentada (Foto: Gabriela Pavão/G1 MS)
A professora Elizia Gomes dos Santos, 56 anos, irmã da aposentada Elza Gomes dos Santos (52), morta ao se perder em uma favela em São Vicente (SP), afirma que a vítima partiu depois de doar roupas, calçados, joias e outros bens com o objetivo de “fazer um desapego para ser feliz na viagem”. O sepultamento está previsto para o início da tarde de terça-feira (4).
Essa versão contradiz o que uma outra irmã de Elza disse a respeito da viagem. A também professora Evanir Gomes afirmou que a vítima partiu de Mato Grosso do Sul fugindo da violência, já que havia sido assaltada 11 vezes na capital do estado, onde morava.

diz irmã de Elza (Foto: Gabriela Pavão/G1 MS)
Conforme Elizia, a ideia de seguir para uma região de praia veio após um culto religioso que Elza frequentou, uma corrente de oração que durou 21 dias. “Foi revelado na igreja que ela precisava ir para a praia”, conta.
A vítima disse à irmã, que queria ser feliz, ear e em Mato Grosso do Sul não tinha essas opções. Elizia afirma ter argumentado pedindo que então Elza tirasse apenas umas férias e depois voltasse.
“Ela falou que tinha que levar a bagagem porque ia demorar. Comecei a achar muito ruim. Ela ia demorar um mês e meio, mas levou tudo. Eu fiquei mais chateada por ela ter saído escondido. Ela não despediu de ninguém da família”, relatou.
Elizia não entende o que aconteceu com a irmã, porque ela conhecia o lugar onde foi assassinada.
“Acho que esse grupo de novos amigos pode tê-la induzido a viajar ao encontro de alguém para roubá-la. Eu acredito nisso. Ao longo desses 20 anos em que ela viajava, ligava para mim e falava que ia viajar, falava quando já tinha chegado”, relata.
Mais serena, a psicóloga Antônia dos Santos Silva, 63 anos, tia de Elza, disse que respeita a escolha da sobrinha. “A pessoa tem o livre arbítrio de escolher a região que quiser”, afirmou.

após se perder (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
Caso
Elza Gomes dos Santos foi assassinada com um tiro na cabeça na sexta-feira (31). Segundo as informações da Polícia Militar, criminosos abordaram a vítima no carro em que ela estava. Elza tentou fugir mas foi atingida.
A mulher percorreu mais de 1.000 quilômetros para chegar até o litoral de São Paulo e estava com o carro cheio de malas, roupas e outros objetos. Os assaltantes não levaram praticamente nada da vítima e deixaram no automóvel objetos de valor como a máquina fotográfica. Os homens fugiram, deixando uma bicicleta ao lado do automóvel da vítima.
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