SP: movimento estudantil vai às escolas chamar alunos para novo protesto

A Anel, entidade que faz oposição à UNE, promete mobilizar estudantes nas escolas e universidades para o protesto de segunda-feira

Em meio à repressão policial, jovem ergueu flor para simbolizar a paz durante protesto em São Paulo Foto: Fernando Borges / Terra

Em meio à repressão policial, jovem ergueu flor para simbolizar a paz durante protesto em São Paulo Foto: Fernando Borges / Terra

“Hoje já amos em algumas escolas e estamos nos organizando para divulgar ainda mais o protesto de segunda-feira, levando o maior número de estudantes para a rua”, disse Arielli Tavares Moreira, membro da executiva-nacional da Anel. Segundo ela, a luta pela redução das agens não é apenas dos estudantes, mas de toda a sociedade. “Por conta dessa indignação com os valores abusivos cobrados por serviço de péssima qualidade é que nos unimos nesta luta, que não é somente dos estudantes, mas de todas as pessoas que dependem do transporte público”, afirmou em entrevista por telefone.

Hoje já amos em algumas escolas e estamos nos organizando para divulgar ainda mais o protesto de segunda-feira, levando o maior número de estudantes para a rua

Arielli Tavares MoreiraMembro da executiva da Assembleia Nacional de Estudantes – Livre

Já a presidente da UNE, Virgínia Barros, disse que a entidade também está mobilizada para ampliar a participação nos protestos. Neste fim de semana, por exemplo, um  encontro dos estudantes do Estado de São Paulo terá como prioridade a discussão sobre a participação na luta contra a redução da agem. “A maioria das pessoas que tomaram as ruas eram estudantes. Vamos seguir mobilizados nesta luta e fazer o que já conseguimos em outras cidades (a redução do valor da agem), como Porto Alegre e Goiânia”, afirmou a jovem.

Protesto de segunda-feira
Na página do Facebook do Movimento e Livre, que organiza os protestos em São Paulo, o ato de segunda-feira está marcado para começar às 17h. Segundo a representante da Anel, está ocorrendo uma mobilização para que as manifestações aconteçam em outras regiões do País, além da capital paulista, do Rio de Janeiro e de Porto Alegre .

“Ontem já articulamos um dia nacional de luta contra o aumento da tarifa não só nas grandes capitais, mas também em Maceió, Belém e outras cidades. Queremos ampliar essa campanha nacional na próxima semana”, disse Arielli, aluna de letras da Universidade de São Paulo (USP).

PM abordava qualquer um que ava na rua, diz jornalista
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PM abordava qualquer um que ava na rua, diz jornalista

Segundo ela, os estudantes sempre tiveram à frente das principais lutas do País, como a campanha das Diretas e o impeachment do ex-presidente Collor de Mello, e mais uma vez se unem à luta contra “os abusos dos governantes”. “Ontem nós éramos milhares de pessoas na rua, lutando de forma pacífica, contra o abuso do aumento da agem. A postura da polícia, desde o início, foi de reprimir a mobilização. Mas essa repressão não vai nos calar, sabemos que a população está do nosso lado e isso nos motiva cada vez mais”, disse a estudante.

A ideia do movimento é visitar as escolas de São Paulo durante a manhã e a tarde de segunda para conversar com os estudantes sobre a necessidade de ir para as ruas cobrar a revisão das tarifas. “Entre todos os problemas para a população, o aumento das tarifas provoca evasão escolar. Vamos usar todas as nossas forças, vamos para as salas de aula para garantir apoios”, disse a jovem.

Cenas de guerra nos protestos em SP
A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em verdadeiros cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.

Quarto protesto é marcado pela violência na região da Paulista
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Quarto protesto é marcado pela violência na região da Paulista

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Segundo a istração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho, vários jornalistas que cobriam o protesto foram detidos, ameaçados ou agredidos.

As agens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo aram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011.

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Terra

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