Integrantes da eata percorreram a região hospitalar em silêncio.
O anuncio da possível redução de R$ 0,05 nas agens foi alvo de críticas.
Raquel Freitas
Do G1 MG
Câmara de Belo Horizonte (Foto: Raquel Freitas/G1)
No quinto dia de protestos, belo-horizontinos voltaram a manifestar em frente à prefeitura da capital mineira e ao Palácio da Liberdade e, pela primeira vez, estiveram na sede da Câmara Municipal. Nesta quinta-feira (20), em uma caminhada pacífica, cerca de 20 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), percorreram ruas e avenidas das regiões Centro-Sul e Leste. O anuncio da possível redução de R$ 0,05 nas agens de ônibus da cidade e aprovação do projeto de lei conhecido como “cura gay” estavam entre as principais críticas. Duas pessoas foram detidas, uma por ter soltado um rojão em direção a eata, e outra por roubo, segundo a polícia. A corporação não registrou nenhum confronto.

Belo Horizonte (Foto: Raquel Freitas / G1)
Novamente a Praça Sete foi o ponto de partida dos manifestantes, que começaram a se concentrar no local no meio da tarde. O ator Daniel de Oliveira, natural de Belo Horizonte, era um dos milhares entre os presentes no protesto. “Sou de BH, e este é momento de todo mundo estar na rua. É o momento de exigir os nossos direitos. Acho que a gente merece mais saúde e educação. A gente aprendeu o caminho da rua agora”, disse.
Por volta das 17h, a eata começou a se deslocar em direção à Prefeitura de Belo Horizonte. Durante a caminhada na Avenida Afonso Pena, pessoas a favor e contrárias ao de bandeiras de partidos se desentenderam, e um início de confusão pôde ser visto, mas foi contido pelos próprios participantes do ato.
Ao chegarem à prefeitura, os manifestantes se assentaram na avenida, e algumas pessoas do movimento falaram por minutos sobre o e livre no transporte público. Um grupo subiu na escadaria e nos muros, e a multidão pedia para que não houvesse vandalismo.
Em seguida, o protesto percorreu a Avenida João Pinheiro, no Centro de Belo Horizonte, rumo à Praça da Liberdade. Com muitos veículos parados no sentido Centro, os manifestantes andaram no meio da rua. Motoristas dos carros e ônibus, pedestres e até quem estava nos prédios na Região Central demonstraram apoio ao protesto. Manifestantes pediam para que as pessoas piscassem as luzes dos apartamentos e escritórios, e muitos atendiam. Com cartazes, muitos davam seu recado.

Em frente ao Palácio da Liberdade, os manifestantes mais uma vez se assentaram na pista. No local, o protesto foi reforçado com um carro de som. Após uma votação entre os participantes, foi escolhido o terceiro destino da eata: a Câmara Municipal, localizada no bairro Santa Efigênia.
Para chegar à sede do Legislativo de Belo Horizonte, o grupo ou pela a região hospitalar, mas, em respeito às pessoas internadas nas unidades de saúde, o grupo percorreu a Avenida Brasil em silêncio. Por muitos metros, o barulho do helicóptero da PM, que acompanhava a manifestação, era o único som que podia ser ouvido. Para quem descumpria o combinado, manifestantes faziam sinal de silêncio.
Na Câmara Municipal de Belo Horizonte, milhares criticaram a atuação dos vereadores e dos governos municipal e estadual, além das condições do transporte público e da educação. Algumas pessoas subiram nas marquises, mas não houve registro de confusão. De lá, os manifestantes retornaram à Praça Sete, seguindo pela Avenida dos Andradas.
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