Episódios recentes que se espalharam pelo Brasil ajudam a revelar as razões do sucesso de Facebook, Twitter e similares nessas situações: as redes se alimentam do crédito que usuários conferem uns aos outros
Rafael Sbarai e Renata Honorato
Manifestantes seguem em direção ao Aeroporto de Cumbica durante protestos na cidade de Guarulhos, nesta sexta-feira (21) – Beto Martins/Futura Press
Marco Gomes, de 26 anos, fundador da empresa especializada em publicidade on-line Boo-Box, participou de dois dos seis recentes protestos realizados em São Paulo que exigiam a redução do valor das tarifas de ônibus, trens e metrô. Em uma das eatas, entre milhares de manifestantes, deparou-se com uma dificuldade: como encontrar informações precisas sobre o que acontecia ao redor? A saída foi sacar o smartphone e lançar mão do Ushahidi, plataforma pouco conhecida no país que reúne testemunhos geolocalizados de usuários. Com a ferramenta, Gomes colocou no ar um mapa colaborativo que oferecia informações preciosas naquela situação: onde havia postos médicos, conexão Wi-Fi e também confusão — saber por onde andavam os vândalos que se misturaram aos protestos foi, é claro, fundamental. Para dar credibilidade às informações, três moderadores voluntários checavam as postagens. Em dois dias, o serviço foi visitado mais de 15.000 vezes. No Twitter brasileiro, ele se tornou um dos dez usuários mais influentes nos últimos dias.
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