Atropelamento de menino e avó emociona equipe médica: ‘Chocante’

Chefe de enfermagem diz que só soube da gravidade após ver imagens.
Carro ou duas vezes por cima do garoto, que só teve ferimentos leves.

Fernanda Borges Do G1 GO

Parte da equipe que atendeu a avó e a criança no Huana (Foto: Paula Resende/G1)

Valéria (esq.) com parte da equipe que atendeu a avó e a criança no hospital (Foto: Paula Resende/G1)

A equipe médica que atendeu o menino João Pedro Nascimento, de 5 anos, e a avó dele, a dona de casa Vilma Theodoro Nascimento, de 56 anos, que escaparam com ferimentos leves de um atropelamento em Anápolis, a 55 km de Goiânia, ficou emocionada ao assistir às imagens do acidente.

“Foi chocante, pois só depois pudemos ver a dimensão do que tinha acontecido com eles. Todos ficaram comovidos”, afirmou ao G1 a coordenadora de enfermagem do Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), Valéria Carneiro.

No acidente, que aconteceu na tarde de terça-feira (21), as duas rodas do carro aram por cima do garoto, que ficou de pé logo em seguida (veja vídeo abaixo). Ele e a avó sofreram apenas escoriações.

Segundo Valéria, quando a criança e a senhora deram entrada na unidade, seguiram direto para o setor de reanimação do Huana, onde são feitas as primeiras avaliações sobre o estado de saúde dos pacientes.

“Tínhamos a informação de que eles eram vítimas de um atropelamento e, por isso, foi realizado todo o protocolo para esses casos. O médico pediu, então, que os dois assem por exames de raio X, que comprovaram que as lesões eram superficiais”, relatou a chefe de enfermagem.

Valéria lembra que o menino perguntava sobre a avó o tempo todo. “Mesmo tão pequeno, ele demonstrou que estava muito preocupado com a saúde dela. A gente tentou acalmá-lo, mas ele só ficou tranquilo quando a encontrou. Ela também estava angustiada, pois tinha medo de que o garoto tivesse algum trauma na cabeça”, contou.

Acostumada a ver situações mais simples, que terminam em morte, Valéria diz que a única explicação para o garoto não ter sofrido ferimentos mais graves seria um milagre.

“Dá para ver claramente que o pneu ou por cima do pescoço dele. Realmente só pode ter acontecido uma intervenção divina”, disse a enfermeira.

O menino sofreu ferimentos na orelha e no queixo, mas teve alta do Huana no mesmo dia do acidente. Já a avó, que teve lesões nos pés e um corte superficial na cabeça, foi para casa na manhã de quarta-feira (22).

O acidente
Imagens gravadas por câmeras de segurança de uma casa mostram o momento em que as duas rodas do carro aram por cima do garoto. O atropelamento foi provocado por uma colisão. No cruzamento da Avenida Bernardo Sayão com a Rua Uruana, na Vila Jaiara, um Honda Fit bateu em um Chevrolet Celta e, em seguida, colidiu com um Gol, que estava estacionado. Com o impacto da colisão, terceiro veículo atropelou a mulher e o neto.

Os dois caminhavam pela rua e, ao ver que o Gol foi atingido, tentaram subir na calçada. No entanto, eles não foram rápidos o suficiente e acabaram atropelados. Pessoas que avam pela rua ajudaram as vítimas.

Um dia após o acidente, o menino contou que se levantou porque estava preocupado com a avó. “Eu achei que minha avó tinha quebrado a coluna e mais algumas coisas”, disse João Pedro.

Vilma, que nasceu no Paraná e mora em Anápolis há 23 anos, contou que ainda não acredita que ela e o neto sofreram apenas ferimentos leves.

“Vi que o carro ou por cima dele, que levantou e veio na minha direção. Mas, quando percebi que saía sangue pela boca, orelha e nariz, achei que o crânio dele tinha sido esmagado. Só fiquei tranquila depois que os exames disseram que foi tudo superficial”, afirmou.

Na manhã de quinta-feira, a avó e o garoto visitaram a Paróquia Divino Pai Eterno para agradecer por estarem vivos. “Eu senti que naquela hora não tinha mais para onde escapar, mas lembrei de Deus e ele nos salvou”, disse Vilma.

Vilma e o neto sofreram ferimentos leves: 'Foi um milagre' (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Vilma e o neto sofreram ferimentos leves: ‘Foi um milagre’ (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

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