27 de julho de 2005 • 04h45 • atualizado às 10h20
Fidel disse que os EUA querem “deter” o movimento político na América Latina
Foto: EFE
Em um discurso de quatro horas por ocasião do 52º aniversário do assalto ao Quartel Moncada, Castro afirmou que Washington “precisa de uma base contra os latino-americanos e contra qualquer processo político revolucionário na América Latina”.
“Há dois ou três dias entraram 400 soldados americanos no Paraguai. O que fazem lá? Será que há uma nova União Soviética ali, ao lado do Paraguai? Para que querem uma base? Quem vão bombardear lá?” – perguntou o presidente cubano para as mais de 5 mil pessoas que assistiam ao ato.
Segundo o “comandante”, os Estados Unidos “não aceitam a realidade de que seu sistema conduz à catástrofe” e que a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) “é um fracasso”.
Fidel também advertiu que não tolerará as “provocações” dos dissidentes cubanos, que chamou de “mercenários”, e destacou os avanços sociais e econômicos em Cuba.
Vestido com seu tradicional uniforme verde oliva, Fidel qualificou de “provocações” estes atos de dissidência, “animados” pelo escritório de interesses dos Estados Unidos em Havana. A oposição cubana realizou protestos em Havana em 13 e 22 de julho.
“A propagada dissidência ou suposta oposição em Cuba não existe além da mente fértil da máfia cubano-americana e dos burocratas da Casa Branca e do departamento de Estado”.
O “comandante” também dedicou parte de seu discurso para lembrar que no primeiro semestre de 2005 “a economia cubana cresceu 7,3% e deve terminar o ano com alta de 9%”, o que será o maior crescimento desde 1990, quando começou a crise cubana, consequência do desaparecimento da União Soviética e do recrudescimento do embargo americano.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI606200-EI306,00-EUA+estao+dispostos+a+invadir+o+Brasil+diz+Fidel.html
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