Morre o militar que matou Che Guevara

11 de março de 2022

Terán Salazar na época da morte do líder comunista. Foto: Reprodução da Internet.

O herói militar boliviano Mario Terán Salazar, morreu nesta quinta-feira (10/03). O homem que matou Che Guevara em Santa Cruz de la Sierra, no leste da Bolívia, em 1967 tinha 80 anos.

De acordo com o jornal argentino Clarín, Salazar estava doente, segundo pessoas próximas, mas não foi revelada a doença. Ele deixa uma esposa e dois filhos. O hospital se recusou a confirmar a morte e a causa por “confidencialidade médica”.

Um ato heroico que livrou a América Latina de um tirano

Em 8 de outubro de 1967, o exército boliviano deteve Che Guevara, figura exaltada pela propaganda comunista e um sanguinário líder da guerrilha comunista armada na América Latina durante a Guerra Fria. Versões indicam os bolivianos teriam recebido apoio de dois agentes da CIA cubano-americanos.

Che estava à frente de um grupo de criminosos que atuavam na guerrilha e havia sido ferido em um combate, tendo sido levado para uma escola abandonada no povoado de La Higuera, onde ou sua última noite. Foi morto no dia seguinte por Terán Salazar com o aval do então presidente René Barrientos (1964-1969).

Salazar relatou o momento em que livrou o mundo de Che: “Sentia que se jogava em cima de mim e quando me olhou fixamente, tive um enjoo. Pensei que com um movimento rápido, o Che poderia tirar minha arma. Então, dei um o para trás, até a soleira da porta, fechei os olhos e disparei a primeira rajada. Che caiu no chão com as pernas destroçadas, se contorceu e começou a jorrar muito sangue. Recobrei o ânimo e disparei a segunda rajada, que o atingiu seu braço, ombro e coração”.

O líder comunista morreu aos 39 anos e sua história foi romantizada pela propaganda comunista, transformando-o em um ícone de valores muitos diferentes e até, em alguns casos, opostos aos de sua atuação.